Não dá mais para produzir cana sem o uso de herbicidas
No período quente e úmido, as plantas daninhas crescem quatro vezes mais rápido do que a cana
O manejo químico é o principal método de controle das plantas daninhas nos canaviais. Dib Nunes Jr, presidente do Grupo IDEA, afirma que não é mais possível produzir cana sem o uso de herbicidas, em decorrência de um novo cenário: ausência do fogo, mecanização e a redução de mão de obra. “Antigamente, tínhamos multidões capinando as lavouras”, relembra.
A área de controle de plantas daninhas, segundo Dib, é fundamental para o setor canavieiro, já que nenhum outro processo exige tanta observação e conhecimento quanto o controle de plantas daninhas, sendo que, quanto maior a lavoura, maiores serão os desafios e as dificuldades. “É uma atividade que não permite erros, que podem custar caro. Somente no período quente e úmido, as plantas daninhas crescem quatro vezes mais rápido do que a cana.”
Dib explica que as plantas daninhas são tão agressivas devido às características de adaptabilidade e rusticidade. “Atualmente, temos espécies que se desenvolvem na sombra, como os cipós. Após a introdução da colheita mecanizada, novas espécies chegaram ao setor, mais adaptadas e muito mais agressivas. Hoje, em um ano, um pé de mamona vira árvore. Tudo isso, acaba exigindo cada vez mais qualidade dos serviços e produtos.”
Além disso, o Presidente do Grupo IDEA diz que as daninhas se desenvolvem numa enorme gama de solos, climas e latitudes, sendo que em cada condição, há uma forma de enfrentá-las. “Todos os anos são investidos milhões de reais somente na cultura canavieira para controlar essas plantas, por isso, precisamos saber como escolher o melhor produto e como aplicar, além de acompanhar a pós-aplicação. Não adianta aplicar um produto e virar as costas, pois a aplicação consiste apenas na metade do caminho. Temos de dar ênfase no acompanhamento da pós-aplicação. É dever dos profissionais acompanharem o efeito das medidas de controle, verificando o espectro de controle, o período residual e suas interações entre a cultura, as plantas daninhas e o ambiente de produção. Dessa forma, os resultados obtidos irão direcionar os tratamentos futuros.”
Entre as práticas que poderiam ser adotadas visando evitar a disseminação e, consequentemente, diminuir o banco de sementes, Dib aponta lavar as máquinas agrícolas. “As máquinas disseminam sementes para todo o lado. Mas, quase ninguém lava o equipamento antes de mudá-lo de área, uma tática simples e que ajuda muito
Fonte: CanaOnline
O diretor da Herbicat apoia o alerta do Dib Nunes Jr. e lembra que o uso da tecnologia de aplicação precisa ser mais efetivo.
Ajustar o tamanho da gota para os diversos tipos de condição de clima, o estado da erva daninha (pré, pós-inicial ou pós-tardio), das características dos produtos (contato, sistêmico, Koc, Kow, solubilidade, formulação) e conseguir o melhor resultado dos produtos disponíveis.
Vamos "esquecer" volume de aplicação e pensar mais na boa e segura aplicação.
A tecnologia de aplicação está disponível, precisamos de atuação técnica e gerencial para decidir e realizar um bom trabalho buscando otimizar os resultados.
Eng. Luís Cesar Pio. 15/01/17
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