Se você não tiver estes três cuidados com a soqueira do seu canavial, você perderá até 30% da produção.

1º Cuidado: Controle eficiente de Plantas Daninhas

Uma das perguntas mais frequentes que temos escutado sobre manejo de plantas daninhas nos últimos tempos é: “O que é bom para controle de folhas largas de grande porte no meio da cana-de-açúcar?”

O problema é que atualmente estamos passando por um momento complicado, não existem moléculas no mercado que sejam eficientes para o controle de algumas plantas daninhas em certas situações, o máximo que conseguimos é amenizar o problema.

Por isso ressaltamos a importância de fazer um bom manejo de plantas daninhas em sua lavoura. Tendo uma visão do sistema de produção como um todo e prevendo problemas futuros.

Abaixo, separamos as principais dicas para realizar um bom planejamento do manejo de plantas daninhas:

  

Dica 1: Conheça sua área e as plantas daninhas que a infestam

É muito importante que o produtor conheça exatamente quais plantas daninhas estão presentes no banco de sementes de sua área e quais os problemas que seus vizinhos vêm enfrentando. O momento ideal de controle de plantas daninhas é quando ainda estão jovem, pois têm melhor absorção e suas estruturas de reserva ainda não estão formadas.

Neste período é mais difícil fazer a identificação das plantas daninhas, por isso tenha sempre em mente o histórico da área e procure informações de como diferenciá-las.

  

Dica 2: Adapte sua tecnologia de aplicação de acordo com o momento da aplicação

Muitos produtores utilizam apenas um sistema de aplicação para todas as situações visando principalmente a logística da fazenda.

Porém, é importante entender que é mais caro perder a eficiência de uma aplicação do que aumentar o volume de calda ou trocar o conjunto de bicos.

Uma situação muito comum nesta última safra foi a ocorrência de seca, principalmente durante a entressafra. Neste momento o produtor fica dividido entre esperar condições ideais de aplicação e aplicar em plantas pequenas.

Quando existem plantas daninhas de difícil controle na lavoura (buva, capim- amargoso e capim-pé-de-galinha), esperar condições adequadas nem sempre é uma opção, pois estas plantas fora de estádio refletem em alto custo para controle.

Nesta situação é recomendado que o produtor faça uma aplicação inicial pelo menos para travar o crescimento destas plantas, visando controle na aplicação sequencial.

Para tal, é importante que o produtor utilize volumes de caldas maiores (no mínimo 150 L por ha), bons adjuvantes, herbicidas sistêmicos e faça aplicações noturnas.

  

Dica 3: Preste muita atenção ao padrão de seletividade do cultivo

Geralmente, temos herbicidas que controlam gramíneas no meio de culturas consideradas de folhas largas (soja, algodão, feijão etc) e herbicidas que controlam folhas largas no meio de culturas consideradas folhas estreitas (milho, trigo, sorgo etc).

Quando fugimos disso, o manejo fica muito mais difícil. Assim, precisamos de herbicidas que são metabolizados apenas pelo cultivo, matando apenas as plantas daninhas, ou até mesmo utilizando variedades resistentes aos herbicidas utilizados.

Além dos problemas de controle, alguns herbicidas exibem efeitos diferentes em diferentes variedades ou híbridos de um cultivo.

  

Dica 4: Use herbicidas pré-emergentes, mas tenha cuidado com o período residual

Atualmente uma das grandes apostas no manejo de plantas daninhas resistentes é o uso de herbicidas residuais, principalmente no período de entressafra. Porém para que esta técnica seja realmente eficaz é muito importante que o produtor esteja com o pulverizador calibrado e respeite o período residual do herbicida utilizado.

Levando em consideração inclusive a segunda cultura a ser implantada após aplicação. O que já inviabilizaria o plantio de uma soja como forma de rotação de culturas, por isso cuidado!

 

Dica 5: Tenha muito cuidado com misturas em tanque

Realizar a mistura de produtos fitossanitários no tanque é uma prática muito comum em nosso país, visando diminuir custos de aplicação.

Porém muitos produtos podem ser incompatíveis e prejudicar a eficiência da aplicação.

Os exemplos mais comuns são de misturas com dois herbicidas que um prejudica o desempenho do outro, como o herbicida 2,4 D que pode diminuir de 20 a 30% a eficiência de graminicidas (clethodim e haloxyfop).

Desta forma se for utilizar os dois herbicidas é necessário aumentar a dose do graminicida em 20 a 30% do recomendado.

  

Dica 6: Fique atento as novas tecnologias que são lançadas

Já existem perspectivas, de novas tecnologias de resistência a herbicidas serem lançadas no mercado nos próximos anos, que ajudarão a resolver grandes problemas da atualidade, como as tecnologias Enlist e Xtend.

Porém é importante que o produtor procure informações antes de começar utilizá-las, para evitar problemas futuros e ter um controle eficiente de plantas daninhas.

O produtor deverá ter muito cuidado com falhas na tecnologia de aplicação, que podem gerar grandes prejuízos a produtores vizinhos por problemas de deriva.

Com as dicas listadas acima, percebemos a importância do planejamento do manejo de plantas daninhas para evitar grandes problemas e aumento de custos.

Vimos as principais dicas de quais informações precisamos obter para melhorar a recomendação de herbicidas.

Entendendo a importância de saber o histórico de infestação da lavoura, como é a seletividade dos herbicidas que serão aplicados aos cultivos, seu período residual momento e se poderá ser misturado a outros fitossanitários.

Além disso, ressaltamos que conforme o momento do sistema produtivo o controle de algumas plantas daninhas deve ser priorizado. Com essas informações em mãos, esperamos que possam fazer um ótimo planejamento do manejo de plantas daninhas.

 

2º Cuidado: Manejo integrado de pragas

Dicas importantes para o Manejo Integrado de Pragas (MIP).

  1. Realize, periodicamente, os levantamentos para que possa conhecer melhor as pragas existentes e saber o momento de
  2. Acompanhe de perto o desenvolvimento dos canaviais, observando os sinais e sintomas que venham
  3. Realize avaliações e inspeções nas mudas, visando não disseminar as pragas durante o
  4. Faça as operações mecânicas corretamente, com o objetivo de maximizar a eficiência nas operações.

Para auxiliar o produtor no enfrentamento dessas pragas. Entre os objetivos, estão o correto manejo do canavial e instruções ao produtor para que possa conhecer melhor as pragas predominantes.

 

3º Cuidado: Nutrição da Soqueira

Durante o ciclo da cultura, existem diversos macro e micronutrientes que se tornam indispensáveis para o processo produtivo. Um deles é a utilização de nitrogênio na cana, é necessário em grandes quantidades e o seu fornecimento ajuda a maximizar a produção de massa seca e produtividade. O pico de demanda de nitrogênio ocorre durante o perfilhamento e máximo crescimento. As exigências de N total variam muito de acordo com a variedade, reservas do solo (que podem ser altas), estágio de crescimento, se existe cultivo de leguminosas na entressafra, etc.

Em geral, em torno de 100kg de N por 100t de colmos na cana-planta e 85kg N por 100t de colmos nas soqueiras são extraídos pela parte aérea. No entanto, a exigência das plantas, demanda de fertilizantes, para a cana-soca é a mesma ou mesmo maior do que na cana-planta.

O fósforo é exigido no início de desenvolvimento das plantas para assegurar um adequado crescimento de raízes e para impulsionar perfilhamento. As culturas extraem em torno de 15-20kg de fósforo para cada 100t de cana. Uma prática comum é aplicar fósforo para a cana-planta no plantio ou logo após o plantio, mas existem evidências crescentes de que o fósforo também é importante em cana soca para auxiliar na rebrota.

O potássio é necessário em grandes quantidades, em maiores quantidades que o nitrogênio. A extração da parte aérea é em torno de 175kg de potássio por 100t de cana-de-açúcar no ano de plantio, caindo para 135kg de potássio por 100t de cana nas soqueiras. A maioria do potássio é alocada nos colmos e o pico de demanda de potássio ocorre durante a fase de máximo crescimento quando a extração é mais rápida do que em qualquer outro nutriente.

Uma quantidade significativa de cálcio é extraída no início de desenvolvimento da cultura, sendo importante no enraizamento e integridade de células. Em comparação, o enxofre e o magnésio são extraídos gradualmente e em estágios mais tardios de crescimento, a maior parte fica alocada nos colmos e são importantes para a qualidade da cana. Os suprimentos desses nutrientes são necessários para manter um bom desenvolvimento das plantas e garantir alta produtividade de colmos.

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